Fernando estava sozinho na redação.
Cada um que estava no plantão tinha saído para fazer algo.
Eram poucos por plantão, um saiu para comer , outro havia saído para acompanhar uma ocorrência importante e Fernando ficou lá preparando uma matéria para o dia seguinte.
Então tudo estava no mais absoluto silêncio quando o homem chegou.
Ele parou em frente à mesa de Fernando e foi logo falando sem se deixar interromper.
Fernando abismado com o que estava ouvindo, prestou muita atenção a tudo, fazendo pequenas notas em um papel que estava em sua frente.
Quando o homem por fim parou de falar, como Fernando tinha muitas perguntas a fazer, virou-se para pegar o gravador, seria mais fácil assim.
Foi uma questão de segundos, mas quando se voltou o homem desaparecera.
Fernando então se levantou e foi atrás dele.
Saiu da redação, andou pela recepção e seguiu pelo corredor até os elevadores.
Como não o encontrou, seguiu até a porta que dá acesso às escadas e olhando para baixo, não viu ninguém ou sequer ouviu algum barulho na escada.
Era incrível, mas o homem havia desaparecido sem deixar qualquer vestígio.
Nos três dias seguintes Fernando procurou informações sem sucesso.
Mesmo assim, diante da gravidade dos fatos e da riqueza de detalhes fornecidos por aquele homem misterioso foi a Polícia.
A história toda era realmente incrível e cruel, mas em vista da credibilidade de Fernando como jornalista do Diário News, o delegado responsável começou uma imediata investigação.
Diligências foram feitas para apurar a história e localizar o homem que fora ao Jornal.
Como as informações eram de uma precisão absoluta, rapidamente encontraram uma sofisticada clínica onde havia além de laboratórios de pesquisas, salas para procedimentos cirúrgicos , quartos para pacientes e muito material cirúrgico, químico e remédios.
Tudo isso era utilizado para a realização de experiências genéticas legalmente proibidas.
Prisões foram feitas e pessoas que estavam em cativeiro foram resgatadas.
Fernando pode acompanhar o dia em que a clínica foi invadida e teve acesso a arquivos com informações e fotos de pacientes-cobaias usados nos terríveis experimentos.
Entre eles reconheceu o homem que falara com ele.
Sem dúvida era ele.
Para sua surpresa o arquivo informava seu falecimento no ano anterior durante um procedimento.
Ele ficou sem ação, não sabia o que fazer, resolveu não revelar sua intrigante descoberta à Polícia.
Se falasse que aquele homem, era sua fonte quem iria acreditar?
Claro que tudo poderia ser um engano de sua parte.
Sua memória poderia o estar traindo e ele poderia estar equivocado no reconhecimento daquele rosto.
Entretanto, Fernando em seu íntimo tinha certeza de que aquele rosto era do homem que estivera no Jornal.
Sua memória poderia o estar traindo e ele poderia estar equivocado no reconhecimento daquele rosto.
Entretanto, Fernando em seu íntimo tinha certeza de que aquele rosto era do homem que estivera no Jornal.
O que havia acontecido ele não poderia explicar, nem tinha como provar, seria para sempre um mistério.
Então ele rapidamente tomou sua decisão.
A experiência dizia que era melhor assim, que era melhor permanecer calado e deixar a Polícia fazer sua investigação.
Quanto àquele homem e sua ida ao Jornal, Fernando decidiu que este seria mais um segredo de redação.
Quanto àquele homem e sua ida ao Jornal, Fernando decidiu que este seria mais um segredo de redação.
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